quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Tarefa FINAL do 3º Ano_ Sociologia

Faça uma dissertação do artigo abaixo ressaltando seus aspectos positivos e negativos no âmbito social em nosso atual momento histórico.

O artigo abaixo foi escrito pelo excelente jornalista Marco Antonio Araujo (vulgo O Provocador). Pela sintética análise crítica e didática, penso ser um belo texto FILOSÓFICO. Filosofemos! E, então, a transformação será a mudança perene...

Está se tornando mania câmeras nas salas de aula de escolas particulares. Tem muita gente que gosta da ideia. Tanto que os protestos têm sido bem tímidos. Azar. É profundamente doentio submeter jovens e crianças a esse monitoramento contínuo. Transformar a vida escolar num reality show enfadonho é o anúncio de que fomos derrotados enquanto civilização.
Os supostos benefícios dessa invasão são tão medíocres que nem merecem consideração. Segurança? Disciplina? Esses pedagogos enlouqueceram e não querem dar a mão à palmatória. Saber que cada movimento nosso está sendo gravado é aterrorizante. Ainda mais quando estamos em formação. Não haverá espaço para o erro, a rebeldia, o ócio e tudo aquilo de que podemos nos envergonhar ou nos arrepender.
Viver de verdade passaria a ser gerar provas contra si mesmo. Que tipo de ser humano sairá dessa experiência persecutória? Imagino um adulto tenso, recalcado, paranoico, que jamais teve intervalos para relaxar. Uma hora acaba explodindo. Ou implodindo, tanto faz. Muito de nossa personalidade mais íntima é forjada acintosa ou silenciosamente em locais públicos. É no convívio e no confronto com as adversidades que descobrimos do somos feitos.
Se soubermos que estamos sendo vigiados o tempo todo, jamais saberemos o que é agir naturalmente. Mesmo diante de testemunhas.Logo mais, a privacidade ficará restrita a banheiros, quartos de motel e nada mais. Não quero ver esse filme. O final é ruim.O que consola é saber que nas escolas públicas, principalmente naquelas bem barra pesada, esses trecos seriam vandalizados no primeiro dia. E enfim a barbárie teria alguma razão.

Sugiro, ainda, mais do mesmo para se pensar o de SEMPRE: